sexta-feira, 1 de maio de 2009

ESPECIAL: 15 Anos sem Ayrton Senna

AYRTON NA WILLIANS:
O time dos sonhos ou o casamento perfeito. Foi dessa maneira que o mundo da Fórmula 1 reagiu ao anúncio oficial da assinatura do contrato de Ayrton Senna com a equipe Williams, no dia 11 de outubro de 93. No entanto, o rascunho da curta trajetória de Senna na escuderia inglesa tem início ainda em 91, quando a competência da equipe e a força do motor da Renault começam a chamar a atenção do piloto brasileiro.Foram dois anos de muitos flertes e especulações, e por diversas vezes Senna quase trocou antes de escuderia. Mas dois eventos foram cruciais para que no ano seguinte, finalmente Senna retornasse ao cockpit da equipe na qual realizou o seu primeiro teste na F-1, em 83, quando quebrou o recorde da pista do circuito de Donington Park, na Inglaterra.

Primeiro, a Honda, até então a melhor fabricante de motores da F-1, resolve encerrar a sua participação na categoria. Já a McLaren, após muitas conquistas e títulos desde 88, não tinha como segurar a sua estrela. Depois, a Williams perde com a aposentadoria do francês Alain Prost. Ou seja¸ dessa vez, as portas estavam escancaradas para a entrada triunfal de Ayrton Senna da Silva na Williams.

Com sede de tornar-se tetracampeão do mundo na temporada de 94, bater muitos outros recordes e conquistar mais e mais vitórias, Senna anunciou sua nova empreitada com a Williams um mês depois de Prost ter conquistado o seu quarto título mundial com a equipe e se despedir da F-1. Dessa maneira, o brasileiro e o Williams modelo FW16 de 94 eram considerados imbatíveis, porém, isso não se concretizou.

Logo na primeira corrida do ano, no GP do Brasil, em Interlagos, a euforia pela pole position deu lugar à frustração. O então promissor Michael Schumacher, que venceu a corrida, passou à frente de Senna após um pit-stop, e o brasileiro não conseguiu mais recuperar a primeira posição. Resultado: abandonou a prova depois de rodar na Junção. No GP seguinte, no Pacífico, mais um acidente, novo abandono e mais uma vitória do alemão.

Tragicamente, o casamento entre Senna e Williams chegou ao fim na terceira corrida do ano, em Ímola, na Itália, no dia 1º de maio de 94. Às vésperas da prova, a morte do austríaco Roland Ratzenberger, um grave acidente com Rubens Barrichello e problemas pessoais, fizeram com que Senna se apresentasse para correr visivelmente abatido. Um sinal ruim de que aquele domingo seria terrível foi dado logo na largada: o Lotus de Pedro Lamy atingiu o Benetton de J.J. Lehto, lançando destroços na platéia e ferindo nove torcedores.

Com isso, o safety car entrou na pista e lá permaneceu até a quinta volta. O brasileiro liderava com Schumacher em segundo. Após o recomeço, na sétima volta, Senna chega à curva Tamburello a 307 Km/h, de acordo com dados da telemetria da Williams. Levemente, seu carro sofre um desvio para a direita, ele pisa com força no freio e reduz até 231 Km/h, produzindo uma desaceleração de 4,4G, ou seja, 4,4 vezes a força da gravidade.


O ACIDENTE FATAL:

Ao sair da pista, o carro entra no ascostamento, que é separada do asfalto por alguns centímetros de grama, quica no cimento com as rodas travadas e se choca contra o muro a 216 Km/h. A roda dianteira se desprende do chassi e o braço da suspensão atinge a têmpora direita de Senna, causando perda de massa encefálica, que fica grudada nas roupas dos médicos e enfermeiros que o atendem na pista. A luta para mantê-lo vivo durou 17 minutos, mas o herói das manhãs de domigo é declarado morto às 18h40m, hora local (13h40m de Brasília), no Hospital Maggiore, em Bolonha.

*VIDEO ABAIXO MOSTRA O ACIDENTE:



*AGORA UMA HOMENAGEM AO NOSSO QUERIDO AYRTON SENNA:

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